Radiônica

Albert Abrams

No fim do século XIX, o dr Albert Abrams (1863–1924) , viajou para Heidelberg a fim de se aprofundar no estudo da medicina. Em Nápoles, o jovem Abrams viu o famoso tenor italiano Enrico Caruso dar uma pancadinha num copo, para produzir um som puro, e depois espatifá-lo a distancia – apenas cantando a mesma nota. A proeza despertou em Abrams a idéia de que talvez ele estivesse diante de um principio fundamental que poderia ser conectado ao diagnóstico medico e à terapia.

Na Escola de Medicina da Universidade de Heidelberg, onde receberia as láureas máximas e uma medalha de ouro, Abrams entrou em contato com o prof . De Sauer, que se achava empenhado – muitos anos antes de Gurwitsch descobrir a “radiação mitogenetica” – em uma serie de bizarras experiências com plantas. Abrams ficou certo de que emitiam alguma estranha forma de radiação e relacionou isso  ao fenômeno de ressonância por trás da proeza de Caruso.

Abrams voltou aos Estados Unidos para lecionar patologia na Escola de Medicina da Universidade de Stanford, onde mais tarde se tornaria diretor de estudos médicos. Brilhante em seus diagnósticos e mestre na arte da percussão ele descobria as mais diversas doenças apenas através da ressonância da pancadas que dava no corpo do paciente. Percussão é uma técnica onde o medico põe um dedo de uma das mãos no abdômen e bate firmemente nesse dedo com o dedo médio da outra mão, para criar um som especifico. O som – cheio ou surdo – produzido dá informações ao medico acerca da densidade acústica dos tecidos situados abaixo do outro dedo.  Um dia notou que os sons que obtinha, durante um diagnóstico, eram abafados pela interferência de um aparelho de raios X ligado perto. Abrams mandou que o paciente se mexesse e notou que a interferência só prevalecia quando o homem se punha na direção leste-oeste, sendo normal a ressonância num alinhamento norte-sul. Evidenciou-se então uma relação entre o campo geomagnético e os campos eletromagnéticos dos indivíduos.

De outra vez, ao fazer a percussão de um paciente, com um grande tumor cancerígeno nos lábios, ouviu uma nota surda que não sabia explicar. Estranhamente, quando o paciente passava da posição norte-sul para a posição leste-oeste, a nota surda transformava-se em cheia. Esta mudança na nota ocorria sempre que o paciente mudava de orientação. O dr Abrams ficou curioso. Achou que a nota surda tinha alguma ligação com emanações energéticas vindas do câncer no lábio.

Quando fez com que um homem sadio se deitasse na mesa de exames, orientada no sentido leste-oeste, e deixou a seu lado um frasco que continha um pedaço de tecido canceroso retirado de outro paciente, o homem sadio demonstrava o mesmo reflexo de percussão abdominal que o doente de câncer. Quando o frasco contendo o tecido canceroso era retirado da sala, o reflexo abdominal associado ao câncer desaparecia por completo. Abrams começou a achar que alguma coisa de natureza totalmente energética saía do tecido canceroso, atravessava o vidro do frasco e entrava no campo de energia do paciente deitado nas proximidades.

Abrams começou a fazer experiências, usando a percussão abdominal como forma de detectar diversas doenças por meio da energia. O abdômen humano tornou-se a “sonda” através da qual ele fazia seus diagnósticos. No teste padronizado que desenvolveu, Abrams percutia, antes de mais nada, o abdômen de um voluntario do sexo masculino, jovem e saudável. Certificava-se, assim, de que não havia nenhuma região anormal de notas surdas no abdômen do voluntario, tanto orientado no sentido norte-sul como no leste-oeste. Depois, ligava ao jovem voluntario um fio metálico ligado também ao paciente cuja doença precisava ser diagnosticada ou a uma amostra de tecido doente retirada por cirurgia. Quando ligado em circuito a uma amostra de tecido canceroso, o voluntario saudável apresentava em seu abdômen a mesma nota surda que detectara no paciente que tinha câncer nos lábios.

Para obter melhores resultados, Abrams constatou que o fio vindo da amostra tinha de ser ligado à testa do voluntário (através de um eletrodo montado com uma faixa que envolvia a cabeça). Além disso, o fenômeno  do reflexo abdominal só se produzia quando o voluntario estava voltado para o ocidente. Abrams jamais chegou a explicar o porquê dessa necessidade de conservar sempre a mesma orientação geomagnética.

Abrams começou a fazer experiências de percussão do abdômen de pacientes que sofriam de diversas doenças e constatou que cada uma delas determinava a produção de uma nota surda numa região especifica do abdômen. Achou que havia descoberto por acaso um novo método de diagnóstico que poderia ser utilíssimo para a correta detecção de doenças.

Parecia-lhe que as diversas doenças produziam reflexos corporais específicos que envolviam uma mudança do caráter dos músculos abdominais.

Certo dia aplicou o procedimento num doente de sífilis e constatou que a nota surda se produzia na região típica dos doentes de câncer. Percebeu que o reflexo abdominal não era tão especifico quanto havia pensado.

Depois de muito pensar e estudar a respeito, convenceu-se de que o que estava detectando nos pacientes portadores de diversas doenças era um reflexo produzido por uma espécie de “energia eletrônica”. Parecia-lhe ser eletrônica porque podia ser conduzida por fios metálicos que ligavam os doentes ( ou amostras anormais de tecidos) aos voluntários saudáveis, cujos músculos abdominais eram temporariamente “alterados” por essa influencia. Além disso, o fenômeno de ativação do reflexo pela mera presença de um frasco que continha uma amostra de tecido doente nas proximidades do voluntario, mas sem estar em contato físico direto com ele, dava a entender que essa peculiar radiação da doença comportava-se como uma espécie de “energia sem fio”, ou seja, um campo de energia. Ficou claro que era um aspecto energético da doença que se transmitia pelo fio, pelo vidro, pelo ar e diretamente de um individuo a outro.

Abrams logo começou a fazer experiências com essa energia “eletrônica”.

Fez construir um aparelho de resistência variável, e com isto podia controlar a resistência do circuito formado pelo voluntario, pelo fio e pelo paciente, à “energia eletrônica” que por ele fluía. A idéia era usar o controle da resistência para distinguir as freqüências das diversas doenças. Abrams girava o ohmímetro e, a cada passo, avaliava o reflexo abdominal dos voluntários. Determinava assim qual medida do ohmímetro que deixava que a freqüência de uma determinada doença – a sífilis, digamos- passasse para o voluntario saudável ( bloqueando ao mesmo tempo a “freqüência do câncer”, por exemplo). Pelo uso desse estranho método, descobriu os códigos numéricos de resistência que lhe permitiriam detectar a energia produzida por diversas doenças. Cada “código” era baseado na quantidade de ohms de resistência necessários para filtrar todas as bionergias exceto a da freqüência especifica de uma determinada doença. Assim, Abrams descobriu um jeito de usar o reflexo abdominal humano para distinguir eficazmente o câncer da sífilis e de outras doenças. Por exemplo, quando o ohmímetro marcava 1427 ohms, o reflexo abdominal positivo só se manifestaria no voluntário saudável caso o paciente diagnosticado tivesse sífilis. Por fim, dessa maneira, Abrams e seus alunos aprenderam a diagnosticar uma grande variedade de males. Sua descoberta passou a ser chamada “Reação Eletrônica de Abrams ” (REA). Pode-se dizer que este foi o primeiro instrumento radiônico a ser construído.

Devemos observar que o instrumento radiônico criado por Abrams não usava eletricidade.

Baseado em seus êxitos iniciais, Abrams escreveu um manual que listava as regiões do abdômen que serviam para o diagnóstico e a resistência (em ohms) do aparelho que era necessária para a detecção de todas as principais doenças. Ao mesmo tempo, fez outra grande descoberta relacionada ao circuito radiônico. Constatou que uma gota de sangue do paciente posta sobre um pedacinho de papel emporetico [tipo de papel-filtro]  podia ser usada para a obtenção de um diagnóstico se fosse ligada por um fio metálico ao aparelho radiônico e daí ao voluntario saudável. Em outras palavras, as estranhas vibrações eletrônicas da doença pareciam emanar de uma única gota de sangue do paciente. Com essa descoberta, o paciente não precisava mais estar fisicamente presente para que se fizesse o diagnóstico. Para tal eram necessários somente uma gota de seu sangue, o aparelho radiônico de Abrams e um voluntário saudável.

Trabalhando com um dos maiores especialistas em rádio e eletrônica de sua época, Abrams desenvolveu um novo aparelho que recebeu o nome de Osciloclasto. Numa sessão típica, o paciente era ligado ao Osciloclasto por meio de um fio e de um eletrodo. Depois de fazer um diagnóstico básico da doença por meio do seu equipamento radiônico básico, Abrams girava os controles do circuito do Osciloclasto e escolhia um dentre dez esquemas energéticos de tratamento. Cada um desses esquemas produzia uma freqüência diferente de energia que era transmitida ao paciente. Ao contrário dos sistemas radiônicos anteriores, o Osciloclasto continha equipamentos eletrônicos movidos por uma corrente elétrica. Depois de regulado, o Osciloclasto emitia energia elétrica e de radio para o paciente por meio de um fio ligado a um eletrodo colocado sobre o seu baço. Embora fossem necessárias muitas sessões de tratamento com o Osciloclasto para a obtenção de uma cura duradoura, Abrams e seus alunos tiveram bastante êxito com o uso desse novo aparelho para curar uma grande variedade de distúrbios da saúde por meio da energia.

Em 1922, Abrams relatou no Physico- Clinical Journal que, pela primeira vez, tinha sido feito um diagnóstico pelo telefone, valendo-se apenas de uma gota de sangue do paciente e da analise de seus índices vibratórios em seus instrumentos. O feito despertou a ira da  Associação Medica Americana, que divulgou em sua revista um artigo difamatório contra Abrams, tachando-o de charlatão, artigo republicado na Inglaterra pelo British Medical Journal. Sir James Barr, ex-presidente da Associação Medica Britânica, que usara com sucesso os métodos de Abrams, tomou sua defesa, escrevendo aos editores: “ É raro vê-los extrair matérias do Journal of the American Medical Association (JAMA), e seria de esperar que, ao fazê-lo, escolhessem um assunto mais serio que essa tirada ignorante contra um eminente homem que, a meu ver, é o maior gênio de  nossa profissão”. Barr concluía que “editores e profissionais da medicina ainda haveriam de ver que nas vibrações de Abrams havia mais do que sua filosofia podia imaginar”.

As grandes descobertas de Abrams mostravam que toda matéria é radiativa e que as ondas geradas podem ser apreendidas no espaço graças ao uso dos reflexos humanos como detectores; evidenciava-se, além disso, que em muitas condições patogênicas o corpo do paciente é marcado por regiões especificamente insensíveis.

Após a morte de Abrams, a campanha contra ele continuou, nos Estados Unidos, em dezoito números consecutivos do Scientific American. Uma das piores insinuações era que a “caixa de Abrams” não tinha outro objetivo senão fazer dinheiro, vendida a médicos ingênuos e a um publico desavisado. Ninguém se lembrou de que Abrams, já nascido milionário – filho de um prospero comerciante de San Francisco do qual herdara vasta fortuna – escrevera a Upton Sinclair, um de seus defensores, dizendo-se disposto a doar seus aparelhos e a trabalhar de graça para qualquer instituto que os desenvolvesse no interesse da humanidade.

As sanções contra Abrams só não intimidaram uma pequena minoria de médicos americanos, quase todos quiropraticos de espírito independente.

As pesquisas de Abrams prepararam o caminho para toda uma nova ciência do diagnóstico por meio das energias sutis, ciência essa que, nos anos subseqüentes, foi elaborada, depurada e até computadorizada.

http://www.electroherbalism.com/Bioelectronics/OtherBioelectronics/AlbertAbrams.htm

Ruth Drown

Ruth Drown foi uma das seguidoras de Abrams. Ela desenvolveu uma evolução ao circuito radiônico, no lugar do voluntario saudável: uma superfície retangular de borracha chamada “placa de aderência” ( stick pad ou stick plate). Depois de ligá-lo a um paciente ou a uma gota de sangue deste, colocada num lugar especialmente preparado, o operador do aparelho radiônico de Drown passava o dedo sobre a membrana de borracha da placa de aderência, enquanto girava os botões de controle da resistência. Quando cada um dos controles chegava à resistência apropriada, a membrana de borracha tornava-se “grudenta”. A sensação de aderência indicava ao operador que o controle chegara à posição adequada. Depois de ajustar os controles segundo a reação da placa de borracha, Drown lia os números neles marcados e chegava à “taxa radiônica” do paciente. Esse numero de múltiplos algarismos era comparado a uma tabela de referencia das taxas numéricas ou taxas de freqüência que Drown associara às diversas doenças. É interessante notar que vários adeptos da radiestesia e da rabdomancia usaram o aparelho de Drown para comparar as taxas radiônicas de certos minerais com as freqüências numéricas do pendulo ou da vara de rabdomante. Constataram que os números indicados pelo aparelho apresentavam uma correlação quase perfeita com as freqüências radiestésicas dos minerais, as quais por sua vez eram perfeitamente compatíveis com o peso atômico dos elementos em pauta. Essa descoberta corrobora a idéia de que o aparelho de Drown permite que seu operador adquira informações precisas acerca das estruturas atômicas especificas e das características energéticas dos diversos minerais ou amostras biológicas que se propõe a analisar.

Num aparelho radiônico semelhante a uma maquina fotográfica, ela punha um filme fotográfico virgem. Quando acrescentava uma amostra de sangue ao circuito ligado à câmera, obtinha fotografias dos órgãos internos doentes do paciente. A capacidade de produzir esse estranho fenômeno era prerrogativa da própria Drown e de um pequeno numero de pessoas.

Tanto Abrams quanto Drown tinham muitos médicos que os seguiam e apoiavam, e inclusive usavam os sistemas radiônicos para curar seus pacientes. Porém, a cura radiônica ainda era considerada extremamente controversa e era atacada por muita gente que ocupava posições de destaque nos círculos médicos da época. Drown foi perseguida pelos médicos e pelos tribunais. Tanto uns quanto os outros queriam explicações científicas convencionais de como os sistemas radiônicos funcionavam. Não se deixavam comover pelos testemunhos de muitos pacientes curados. Quando Drown foi julgada por charlatanice e curandeirismo na Califórnia, especialistas em radio e em eletrônica examinaram o equipamento radiônico dela e afirmaram em juízo que ele não tinha absolutamente nada que ver com a tecnologia do radio. Drown foi condenada, depois de longo processo, acabou encarcerada por curto período e morreu de derrame em 1966, enquanto estava na cadeia. Todos os seus aparelhos radiônicos e anotações técnicas foram judiciosamente destruídos por autoridades zelosas, muito semelhante ao que aconteceu ao Dr. Wilhem Reich nos anos 50.

http://educate-yourself.org/tjc/ruthdrownuntoldstory.shtml

A perseguição movida contra Drown foi tão grave que, em alguns Estados da federação norte-americana, o simples fato de possuir um aparelho radiônico igual ao dela tornou-se crime punível com encarceramento. Essa atmosfera de medo e perseguição fez com que as pesquisas sobre o assunto passassem a ser feitas “por baixo dos panos” neste país.

https://en.wikipedia.org/wiki/Radionics

Contudo em muitos outros paises estas pesquisas continuam avançando em especial na Inglaterra , na Australia,  Alemanha, França e Espanha.

http://www.radionic.co.uk/

http://www.raydionics.com/

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