Em 1906 Einthoven registrou pela primeira vez um eletrocardiograma e em 1924 recebeu o premio Nobel por sua descoberta.. O campo que ele estava tentando medir era tão fraco que ele teve que usar o mais sensível galvanômetro disponível. Sabemos que o campo do coração é o mais forte do corpo humano. Portanto a descrição de forte ou fraco tem mais a ver com a sensibilidade do aparelho de medição que com a real força ou importância biológica do campo.
Em 1929 Hans Berger mostrou que campos elétricos muito menores poderiam ser registrados a partir do cérebro, usando eletrodos fixados ao couro cabeludo. Os eletroencefalogramas passaram a ser um método de diagnostico padrão em neurologia.
Em 1963 Baule & Mcfee começaram a medir o campo magnético do coração, mas com o desenvolvimento de magnetometros chamados SQUID ( Superconducting Quantum Interference Devices) usados em universidades e laboratórios de pesquisa medica para avaliar e registrar os campos biomagneticos em torno do corpo humano houve um grande avanço.
Os primeiros registros do campo magnético do coração foram feitos em 1967. O campo magnético do coração é cerca de um milionésimo da força do campo da Terra (0,5 gauss, em media). O primeiro registro das ondas magnéticas do cérebro foi informado em 1972. O campo do cérebro é 100 ,ou mais, vezes mais fraco que o campo do coração.
As medições magnéticas são indicadores mais acurados de eventos que ocorrem no corpo que as tradicionais medições elétricas. A razão para isto é que os tecidos são transparentes para campos magnéticos, enquanto as correntes elétricas tem que seguir um caminho complexo de menor resistência para alcançar os eletrodos colocados na superfície da pele.
Campos Biomagneticos: A permeabilidade magnética de vários tecidos é praticamente a mesma, aproximadamente 1, tal como no vácuo.
Campos Bioletricos: A resistência elétrica de diferentes tecidos varia. Campos bioletricos gerados dentro do corpo tomam caminhos de mínima resistência, portanto os padrões complexos medidos na superfície do corpo são intrincados, e mais difíceis de interpretar.
Há boas razões para acreditar que os seres humanos podem sentir campos biomagneticos:
– Campos biomagneticos estão presentes em torno do organismo, e podem ser detectados
– Os campos magnéticos produzidos pelo corpo de uma pessoa podem induzir correntes fracas nos tecidos de uma pessoa que esteja próxima.
– Uma quantidade considerável de experimentos sugere que humanos e outros organismos possuem um senso de navegação ou orientação tipo bússola.
– Muitos terapeutas informam uma sensação tipo magnética quando colocam suas mãos próximo de um tecido machucado ou doente.
– O mesmo principio em que se baseia o magnetometro SQUID acontece em sistemas vivos.
Naturalmente os tradicionais cinco sentidos não incluem o magnetismo, mas os pontos listados acima, tomados em conjunto, indicam que um senso humano biomagnético é possível, e merecedor de investigação.
Em 1954 Linus Pauling recebeu o Premio Nobel de Química pela descoberta das propriedades magnéticas da hemoglobina, um componente das hemácias rico em ferro.
Os geólogos acreditam que a magnetosfera – o campo magnético da Terra – é gerada pelas correntes de ferro derretido que se movimentam constantemente no núcleo aquecido de nosso planeta. Quando a rocha fundida ou magma escapa através de vulcões e se esfria, formando a rocha solida, a rocha vulcânica recebe e armazena permanentemente a fraca energia magnética do campo geomagnético. Todos os organismos vivos, desde as amebas unicelulares até os seres humanos multicelulares, também recebem a energia deste mesmo campo geomagnético e entram em sintonia com ele. Da mesma forma como o magma, ao se resfriar, capta a orientação magnética do campo planetário, certos animais, como os pombos-correio, são magneticamente marcados pelos padrões de campos geomagnéticos altamente específicos do lugar onde nasceram. Ao seguirem um senso magnético inato que lhes permite orientarem-se magneticamente no espaço, os pombos-correio podem seguir as linhas invisíveis da força magnética da Terra para encontrar sem erro o caminho de volta, mesmo partindo de locais distantes.
George Lakhovsky em seu livro Segredo da Vida relata o seguinte:
Nós todos temos ouvido falar dos poderes verdadeiramente maravilhosos de orientação possuída pelos pombos correio. Apesar desta faculdade ser inata, mesmo assim requer um certo treinamento antes de estar totalmente desenvolvida. Após o pássaro ter decolado no ar e circulado algumas vezes, esta faculdade de orientação o possibilita, sem hesitação, mesmo durante a noite, voar para seu abrigo, que é algumas vezes muito longe.
Eu tenho notado a prevalência deste fenômeno e tenho me aventurado em dar uma explicação disto no presente trabalho: todos os pássaros que estão para fazer longas viagens de migrações (Patos selvagens, andorinhas, gansos, garças, etc.) invariavelmente descrevem, como os pombos correio, uma série de órbitas no ar antes de começar o seu vôo final.
Uma observação mais interessante feita em 2 de Julho de 1924, na estação de rádio de Paterna, perto de Valencia (Espanha),saltou aos meus olhos. Um bando de pombos tinha acabado de ser solto perto da antena da estação no horário de transmissão. Foi então observado que estes pássaros não podiam encontrar seus caminhos e manter-se voando em círculos, como se estivessem completamente desorientados. Este experimento foi repetido várias vezes e sempre produziu o mesmo resultado, o quê significa o desaparecimento ou uma grande perturbação do senso de direção dos pombos correio sob a influência das ondas eletro-magnéticas.
Estes experimentos foram feitos outras vez em Paterna, na estação de rádio de Valencia, sob o controle das autoridades militares espanholas, e também no Kremlin, Alemanha. Estes novos experimentos confirmaram totalmente a vinha visão sobre a influência das ondas Hertezianas sobre o instinto de orientação.
Um cientista espanhol, M.J.Casamajor, escreveu um relatório detalhado sobre os experimentos de Paterna. O serviço de pombo correio espanhol instalou uma estação militar de pombos correio em Valencia, a uma distância de 8 kilometros da rádio de Paterna. No momento do experimento em questão os pombos soltos um por um em intervalos regulares de três minutos perto da estação, enquanto a transmissão era feita continuamente. Foi observado que todos os pombos começaram a voar em círculos por algum tempo, mas sem conseguir encontrar seus caminhos, como usualmente fazem depois de voar ao redor algumas vezes. Apesar de uma mudança do comprimento de onda no decorrer da transmissão, nenhum retorno à condição normal foi observado, e durante o tempo em que a transmissão ocorreu, e ela durou mais de uma hora, nenhum pombo conseguiu voar em uma direção definida. É importante notar que poucos minutos depois que a transmissão cessou os pombos voaram na direção de seus abrigos sem a mínima hesitação, mesmo aqueles que tinham tomado parte no primeiro experimento.
Uma outra série de experimentos que aconteceu em 7 de novembro de 1926, no mesmo local, produziu o mesmo resultado. Os experimentos originais em Paterna mexeu com os investigadores, porque eles não podiam entender a relação existente entre o instinto dos pombos e as transmissões de ondas eletro-magnéticas. Os técnicos alemães se apressaram em verificar e controlar as observações de Casamajor. Em março de 1926 eles iniciaram uma série de experimentos similares àqueles feitos no Kremlin, as condições, todavia, foram diferentes e mais rigorosas. Foi escolhido um local de maneira que o abrigo e a estação de rádio estavam situados em locais diametralmente opostos. Conseqüentemente esta estação estava situadaexatamente no local onde os corvos voam, no curso que os pombos tinham que voar. Ao chegar perto da estação de rádio foi notado que os pombos mudaram o vôo, foram perdendo sua direção e pareceram estar definitivamente desorientados. Eles não conseguiram retomar o seu curso de volta aos seus abrigos até que o seu vôo tivesse trazido eles para fora do campo eletro-magnético intenso ao redor da antena da estação de rádio.
É merecedor de nota que a mais simples explicação deste fenômeno não parece ter ocorrido para nenhum dos pesquisadores espanhóis, franceses ou alemães após aquela indução eletro-magnética nos órgãos diretivos dos pombos. Eles foram todos confundidos pela significância do fenômeno que eles atribuíram a uma curiosa anomalia que não puderam explicar.
O senso magnético dos pombos parece estar relacionado a presença de pequenas quantidades de magnetita, um mineral magnético natural, no cérebro dessas aves. Pesquisas recentes confirmaram que até mesmo os seres humanos possuem um senso magnético sutil.
Kirschvink vem pesquisando sobre a hipotese do sistema sensor magnetico, ser o sistema primário comum de todos os seres vivos existentes.
Mais especificamente, cada um de nós possui minúsculos depósitos de magnetita tanto em nosso cérebro como nas glândulas supra-renais.
Desta forma, somos, tal como os animais, providos de sensores biomagneticos que são inflenciados pelos campos magneticos naturais da Terra e da movimentação dos astros e planetas que a circundam e também pelos campos magneticos criados a partir de correntes eletricas, tal como as antenas de transmissão de radio.
Atualmente com a extensa utilização de telefonia celular e redes sem-fio (Wirelless, Wi-Fi, micro-ondas, etc) esta exposição tanto aos seres humanos quanto aos animais domesticos, está muito acentuada.