A Consciência Holística

Ciência

Ciência refere-se tanto a:

1) Investigação racional ou estudo da natureza, direcionado à descoberta da Verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método científico – um processo de avaliar o conhecimento empírico.

2) O corpo organizado de conhecimento adquirido por tal pesquisa.

A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método científico. O conhecimento científico depende muito da lógica.

As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:

  1. a) Pura ( o desenvolvimento das teorias) versus Aplicada ( a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou
  2. b) Natural ( o estudo do mundo natural) versus Social ( o estudo do comportamento humano e da sociedade).

Thomas Khun argumentou que a ciência sempre envolve “paradigmas” , grupos de regras, praticas e premissas (geralmente sem corpo) e tais transições, de um paradigma para outro, geralmente não envolvem verificação ou falseabilidade de teorias científicas. Além disso, ele argumentou que a ciência não procedeu historicamente com a acumulação constante de fatos.

A eficácia da Ciência a tornou assunto de questionamento filosófico. A filosofia da ciência busca entender a natureza, a justificação do conhecimento científico e suas implicações éticas. Tem sido difícil fornecer uma explicação do método científico que possa servir para distinguir a ciência da não-ciência.

A Matemática é essencial para muitas ciências. A função mais importante da matemática na ciência é o papel que ela possui na expressão de modelos científicos.

Medidas de coleta e observação, bem como hipotetizar e prever, geralmente requerem modelos matemáticos e um extensivo uso da matemática. A matemática prevalece mais na Física e menos em química e algumas ciências sociais.

Alguns pensadores veem os matemáticos como cientistas, considerando os experimentos físicos como não essenciais ou as provas matemáticas como equivalentes a  experimentos. Outros não vêem a matemática como ciência, já que ela não requer teste experimental de suas teorias e hipóteses. Em qualquer caso, o fato de que a matemática é uma ferramenta útil na descrição do universo é uma questão da Filosofia da Matemática.

Richard Feynman disse “A Matemática não é real, mas se sente real. Onde é esse lugar?”, enquanto que a definição favorita de Bertrand Russel sobre a matemática é “o assunto no qual nunca sabemos do que estamos falando nem se o que estamos dizendo está certo”. Eugene Wigner escreveu “The Unreasonable Effectiveness of Mathematics in the Natural Science” [ A irrazoável efetividade da matemática nas ciências naturais]

Apesar das impressões populares sobre a ciência, não é o objetivo da ciência responder a todas as questões. O objetivo das ciências físicas é responder apenas aquelas pertinentes à realidade física. Além disso, a ciência não pode possivelmente falar a todas as questões possíveis, então a escolha de qual questões serão respondidas torna-se importante. A ciência não considera verdade absoluta e inquestionável o que produz. Ao contrario, a ciência física frequentemente testa hipóteses sobre algum aspecto do mundo físico, e quando necessário a revisa ou substitui à luz de novas observações ou dados.

Em resumo, a ciência produz modelos úteis, os quais nos permitem fazer predições mais úteis. A ciência tenta descrever o que é, mas evita tentar determinar o que é. A ciência é uma ferramenta  útil… é um corpo crescente de entendimento que nos permite identificarmo-nos mais eficazmente com o meio ao nosso redor e a melhor forma de adaptarmo-nos e evoluirmos como um todo social assim como independentemente.

A ciência é sempre uma atividade coletiva conduzida por uma comunidade científica. Então, os valores das comunidades científicas permeiam a ciência que elas produzem.

Ciência e Consciência

O primeiro fator a originar um significativo incremento do saber humano sobre a natureza foi a necessidade do desenvolvimento da agricultura. Para fazer frente à crescente demanda de alimentos gerada pelo aumento da população, muitos povos primitivos sentiram que era preciso cultivar o solo, e essa primeira necessidade levou à conquista de vários tipos de conhecimento. De início, esses conhecimentos relacionavam-se às técnicas de fabrico de instrumentos agrícolas, às características das diversas plantas e solos, aos ciclos naturais e aos fenômenos meteorológicos. Mas logo a prática agrícola lançaria também as primeiras sementes da geometria e da astronomia.

No momento em que o homem percebeu que a técnica lhe possibilitava dominar os processos naturais, ele também percebeu que ela possibilitava a dominação de outros homens.

É esta particularidade da tecnologia o que dá origem ao mau uso das descobertas científicas. Trata-se de um setor sombrio da ciência, do qual o principal propulsor é a guerra. Evidência mais recente do pacto entre tecnologia e poder material foi o rápido desenvolvimento que durante a Primeira Guerra Mundial tiveram a aeronáutica e a metalurgia, ou, ainda, o fato de que, durante a Segunda, os EUA tenham reunido os mais conceituados cientistas do mundo inteiro para desenvolver a física nuclear, iniciativa que, em tempo recorde, fez com que a primeira bomba atômica viesse a ser não apenas desenvolvida como também “testada” no coração de duas cidades japonesas. Durante a Primeira Guerra Mundial, o alvo foram as armas químicas, e durante a Segunda, a bomba atômica. Foi depois desses dois grandes “sucessos” que o investimento maciço nas pesquisas de aplicação bélica se iniciou, tendo algum tempo depois chegado a acumular um arsenal nuclear suficiente para destruir a Terra  setenta vezes.

O livro Os Homens do Fim do Mundo traz inúmeros casos desta utilização da ciência para fins bélicos.

Essa má utilização da tecnologia também é geradora da falta de critério na seleção das pesquisas a serem realizadas. No dia-a-dia dentro das universidades os projetos e as pesquisas são direcionados em função não das necessidades mais prementes do homem, e sim de interesses financeiros.

Além disso, muitos pesquisadores acabam trabalhando para projetos bélicos sem sequer sabê-lo, visto que seus trabalhos são usados para fins clandestinos.

Não é só como produtora de tecnologia que a ciência pode ser instrumento de poder. Ela também pode servir à dominação como produtora de ideias e discursos que sirvam de respaldo ao discurso dos política e economicamente poderosos. A ciência possui esta potencialidade porque ela se apresenta, ou, para sermos mais exatos, é apresentada, como portadora da verdade. Ninguém pode negar que em nossa cultura a ciência adquiriu um status de suprema guardiã da veracidade. Tudo o que se fala em seu nome é escutado com temor e reverência, como se houvesse saído da boca do mais infalível oráculo. Um absurdo, dito por um cientista (ou atribuído a algum), pode transformar-se, em pouco tempo, em artigo de fé para grande parte da população mundial. É claro que temos bons motivos para confiar nos diagnósticos e prognósticos da ciência, e a vida contemporânea não seria possível se não pudéssemos ter essa confiança. O problema é que as pessoas costumam confiar cegamente nas decisões, informações e recomendações dos cientistas sem levar em conta uma série de fatores e interesses que podem estar por detrás de suas atividades. Pois, embora a maior parte delas o ignore, o fato é que eles muitas vezes são assediados por representantes de interesses escusos, que, em troca de tentadoras bonificações, procuram convencê-los a “chegar” a determinadas conclusões.

Devemos sempre relembrar que ciência não vem da experimentação ou testes científicos na maior parte do tempo, como os cientistas gostariam que nós acreditássemos.

Cientistas muito frequentemente subordinam um processo experimental com crendices filosóficas de suas mentes que eles estão tentando provar e validar, então o experimento apenas prova o que eles pensavam antes de fazer o experimento. Isto dá margem a muitas distorções, patologias, filosofias falsas e ideias erradas.

Nossa limitada ciência está nos impedindo de ter um padrão de vida muito, muito melhor, e esta situação ocorre por causa do interesse econômico dos que estão no poder.

Encarar a ciência como algo infalível e irrefutável não é, evidentemente, nem um pouco científico. Essa atitude é, antes, expressão de uma certa ideologia que se criou em torno da ciência, a qual podemos chamar de cientificismo. Para compreender o surgimento desta ideologia é preciso voltar um pouco aos tempos heroicos da ciência, quando era ela quem combatia a crença cega, o dogmatismo, a tacanhez de espírito. Porque, naturalmente, não se pode negar que ela desempenhou um papel da maior importância em nossa cultura. Ela arrostou bravamente as fogueiras, ridicularizou papas, arejou os espíritos, espanou teias metafísicas de aranha, combateu a terrível força do medo e conseguiu convencer muita gente de que o homem é capaz de realizar coisas maravilhosas sem ter que pagar por isso no inferno eterno.

Durante a Idade Média, a ciência teve de bater-se com dois adversários de peso. Um deles, como se sabe, era a Igreja Católica. O outro era Aristóteles, filósofo considerado pelo poder eclesiástico como suma autoridade em todos os assuntos não diretamente relacionados à religião.

Aristóteles procurava explicar os fenômenos naturais sem lançar mão de pressupostos teológicos, e por isso tornou-se o homem ideal para completar o quadro teórico do pensamento medieval, cuja estreiteza não podia suportar qualquer concepção religiosa que não fosse a sua. Para a Igreja Católica, Deus era apenas um instrumento de poder, e jamais poderia ter estado no centro do universo. Este lugar central, a seu ver, só poderia ser ocupado pela matéria, ou, em última instância, pela própria Igreja. Esse traço da ideologia católico-medieval é evidenciado pela adoção eclesiástica do modelo cosmológico aristotélico, com a Terra no centro e o sol girando ao seu redor.

Com Aristóteles tudo se resolvia: para o que não estava nas Escrituras, bastava ver o que o filósofo tinha dito e assunto encerrado. E foi assim que os “sábios” do Ocidente por séculos e séculos acreditaram piamente, por exemplo, que os corpos mais pesados caíam mais rapidamente que os mais leves, sem jamais cogitarem observar diretamente os fatos para ver se as coisas aconteciam mesmo dessa forma. Por isso, a imagem de Galileu no alto da Torre de Pisa, deixando cair simultaneamente dois corpos de pesos desiguais e verificando que chegavam ao mesmo tempo ao solo, é um símbolo do surgimento de uma maneira de pensar totalmente nova.

Hoje em dia é difícil avaliar a dimensão dessa mudança de mentalidade. O homem do Renascimento achou-se subitamente diante de um mundo totalmente novo, cheio de encantos e surpresas maravilhosas. Com o auxílio da ciência, descobriram-se novos continentes, com fauna, flora e sociedades totalmente diversas das conhecidas; com os instrumentos ópticos, o infinitamente pequeno e o infinitamente grande se abriram ao olhar atento do pesquisador; constatou-se que os mares não eram habitados por serpentes marinhas e que as leis que governam o movimento dos astros atuam também sobre a Terra.

É em meio a esse clima de confiança e de valorização do homem, em meio ao sentimento geral de libertação em relação ao passado e de otimismo em relação ao futuro, que nasceu e se desenvolveu a ciência moderna. Mas o vigor e a virulência com que a ciência combatia o dogma religioso terminou por conduzi-la ao extremo oposto, a um novo dogma. Tornou-se assim, para surpresa geral, semelhante a seu oponente: o otimismo se converteu em fanatismo, a confiança na ciência em culto à ciência, e o discurso científico cedeu lugar à pregação cientista.

outro elemento é uma radicalização ainda maior desta idéia já sumamente radical: trata-se da concepção que só considera verdadeiro o que é científico, ou seja, que faz da ciência a única fonte legítima da verdade. De tanto criticar o conceito medieval de verdade, baseado na crença, a ciência chega a outra crença, a que considera como verdade apenas o que pode ser constatado diretamente por via experimental

Assim caracterizado, cabe observar, o cientificismo marca o início de uma etapa em que, surpreendentemente, a ciência se reconcilia com seu antigo opositor, Aristóteles. Pois descendem em linha direta do filósofo grego algumas das linhas principais do credo cientificista: a tentativa de explicar todos os fenômenos por meio de causas materiais, a ênfase na lógica e nos métodos matemáticos como instrumentos privilegiados para o conhecimento da verdade, a tendência sempre crescente à atomização do saber em disciplinas independentes, cada vez mais especializadas, em detrimento da visão de conjunto.

A ciência jamais pôde e jamais poderá provar qualquer coisa de forma definitiva, e que, por isso mesmo, toda verdade científica é sempre algo aberto e provisório, sujeito a alterações, correções e contestações. Esta impossibilidade está ligada ao fato de que a ciência se baseia na experiência, mas essa mesma experiência (científica, bem entendido) nunca é suficiente para garantir uma certeza absoluta e definitiva. Isso Platão já sabia no século IV a.C., e David Hume o demonstrou de uma vez por todas no século XVIII de nossa era.

Mas se o cientificismo é assim tão contrário à própria ciência, por que motivo essa ideologia continua tão defendida e aceita? Pelo motivo que já apontamos: ela serve como instrumento de poder. Se a ciência fosse realmente a única fonte segura e infalível da verdade, caberia evidentemente a ela governar o mundo e decidir sobre o que é melhor para todos. Talvez por isso os governos gostem tanto de dar emprego a cientistas em seus ministérios. É notável como um verniz científico torna crível qualquer discurso oficial e acaba convencendo as pessoas da necessidade e da justiça de qualquer política governamental. Da mesma forma se explica o porquê de as campanhas publicitárias tanto insistirem em nos provar cientificamente que tal ou qual produto é absolutamente essencial para que se alcance a felicidade.

A ciência tem vendido – e a preço cada vez mais baixo – a sua dignidade e sua autonomia, descendo à condição vexatória de instrumento de dominação política, econômica, cultural e ideológica. Subsidiando a escalada armamentista e o erguimento dos impérios mundiais da grande indústria e das comunicações, ela causa a disseminação da miséria e do sofrimento, sendo que, com os mesmos recursos financeiros usados para tal fim, teria, no entanto, todas as condições para  erradicá-los.

Por ser baseada na experiência, a ciência tem sempre uma relação possível com a técnica, e isso transfere até mesmo ao mais teórico dos pesquisadores o dever moral de refletir sobre a utilização de seu trabalho e de zelar para que ela se dê de maneira consciente, isto é, em benefício do ser humano. Aliás, o desejo – de fundo egoísta – de escapar a essa responsabilidade pode em grande parte explicar uma certa obsessão, demonstrada por muitos cientistas, de construir um domínio científico totalmente isolado da aplicabilidade prática. Na verdade, essa obsessão tem levado principalmente a duas coisas: ou à divagação inconsistente e anticientífica, ou a uma especialização que chega a raias absurdas, a ponto de fazer com que o pesquisador perca até mesmo a possibilidade de compartilhar seu suposto conhecimento com o restante da humanidade, já que nem mesmo seus colegas de laboratório conseguem entendê-lo. Tanto num caso como no outro, esses pesquisadores deveriam considerar a possibilidade de empregar de maneira mais útil e altruísta o dinheiro público destinado a custear suas atividades.

Na ciência aplicada, é muito comum uma atitude aparentemente oposta à dos cientistas teóricos, mas que condiz perfeitamente com ela no que diz respeito à recusa em assumir responsabilidades. É a atitude daqueles que consideram que o cientista deve se limitar à produção de tecnologia sem se importar com o problema da sua aplicação prática, delegando o poder de decisão sobre a utilização dos recursos tecnológicos à indústria ou ao governo. O interessante é que muitos pesquisadores pensam que com esses discursos estão delimitando um terreno exclusivo da ciência, dentro do qual exercem sua atividade livremente, sem se sujeitar a pressões. Mas será que eles são realmente tão ingênuos a ponto de acreditarem nesta pretensa autonomia e não desconfiarem que sua produção e mesmo seus “interesses científicos” estão sendo determinados, bem longe de seus laboratórios, por interesses totalmente anticientíficos? Exatamente porque não se dão ao trabalho de refletir criticamente sobre o sentido do que estão fazendo, e por renunciarem à prerrogativa natural de decidirem sobre o destino de suas pesquisas, eles abrem espaço para que os poderes econômico e político façam seus próprios objetivos valerem como as metas principais da ciência, através de incentivos a determinadas linhas de pesquisa em detrimento de outras, e das mais variadas formas indiretas de suborno e troca de favores implícitas nas políticas oficiais de fomento da atividade científica.

Levar em conta a ética na área científica se constitui hoje em dia em uma absoluta e urgente necessidade, que deveria levar os cientistas a assumirem seu inevitável compromisso para com a sociedade. Fazem ciência mas perdem de vista a razão de ser da ciência. Sabem fazer ciência, mas não sabem o que ela é. Não sabem, portanto, o que fazem. Ora, aquele que não sabe o que faz age, por definição, inconscientemente.

O atrelamento da ciência às forças do mercado é um sinal de que ela está sendo usada para gerar novos produtos destinados a serem fonte de lucro de alguns grupos financeiros. Esse lucro não é direcionado para o bem-estar geral da sociedade. Na verdade, depois de terem sido inventadas as estratégias de marketing de um produto determinado, e de elas terem surtido o efeito desejado, pouco importará, aos que o vendem, que ele seja útil ou não. Haverá exceções, mas (e isto não é nenhuma novidade) geralmente é assim. Os sofisticados meios de comunicação em massa exercem tal poder hipnótico sobre a sociedade de consumo que não é difícil fazer de um produto fraudulento um grande sucesso de vendas. O objetivo é a venda em si mesma, e não, como deveria acontecer, a satisfação de necessidades verdadeiras do homem. Uma ilustração evidente a esse respeito são os cigarros e as bebidas alcoólicas. Outro exemplo é dado pela indústria automobilística, que é aliada das indústrias petroleiras, as quais promovem a venda indiscriminada de carros de alta potência movidos a gasolina, que atingem velocidades acima dos limites permitidos pela lei e que produzem sérios problemas de poluição ao ambiente. É a manipulação da sociedade de consumo o que faz com que o consumidor prefira não investir em carros menos poluentes. E quem é que já não percebeu a tremenda pressão que é feita sobre os usuários de microcomputadores para trocarem de aparelho todo ano em função da invasão de software e hardware “sofisticados”, que funcionam “exclusivamente” no sistema novo?

Os responsáveis pelo frio cálculo do PIB, a serviço do qual a ciência tem sido colocada, apenas levam em conta o que se compra e o que se vende, desprezando o alto preço que teremos que pagar pela destruição do meio ambiente e pelo esgotamento dos recursos naturais, e parecem não se lembrar das condições indignas de vida em que milhões de pessoas se encontram devido à acumulação do capital nas mãos de poucos. A sujeição da ciência a interesses econômicos é uma das principais causas da grande crise que a sociedade moderna atravessa.

É bastante comum a propensão a considerar a ciência como algo antagônico à religião. Porém, a ciência, com o tempo, acabou se transformando em religião e a religião em ciência, o que significou a degeneração e falsificação de ambas.

Por um lado, já mostramos que aquilo que tem sido considerado como oposto à religião não é a própria ciência, mas sim uma ideologia anticientífica à qual a ciência aderiu artificialmente. Por meio desta ideologia, que chamamos de cientificismo, a ciência se torna, ela mesma, uma nova religião. Por outro lado, há milênios tudo o que tem sido chamado de religião tem se mostrado incapaz de levar os homens a se unirem tanto entre si como à fonte de onde procede a vida, união essa que é o próprio sentido do nome religião (religação). Essa deficiência fez com que a religião se afastasse de seu elemento próprio, que é o do mistério e do espírito, e se transformasse em mera teoria. E na medida exata em que o conhecimento religioso desce ao nível da teoria e da crença, ele se torna alvo possível da crítica cientificista, que lhe opõe suas próprias teorias, suas próprias crenças e superstições. Esquecida de sua origem e do sentido de sua existência, a religião aceita então o debate no fórum inimigo, e não se envergonha da ridícula figura que faz ao manejar argumentos lógicos e científicos para defender suas doutrinas.

Também o conteúdo ético da religião tornou-se meramente teórico. Os pregadores religiosos recitam bonitos sermões sobre os valores morais, o altruísmo e a conduta reta. Mas orador e auditório sabem que na prática a coisa é diferente. Na prática vale a lógica. A lógica da relação custo/benefício, do cálculo das vantagens e desvantagens de cada ação ou palavra.

Já a ciência, para deixar de lado todo e qualquer rastro de dogmatismo religioso, deve se mostrar capaz de abandonar seu materialismo e renunciar à pretensão de compreender logicamente todo o universo, pois a lógica só existe na cabeça dos homens e não na natureza. Isto significa que ela deve ser capaz de reintroduzir em si o mistério. Apenas assim poderá recuperar o sentido original de seu elemento teórico e especulativo. Pois o que é o assombro platônico diante do universo senão o próprio sentimento do mistério?

Vê-se então que a solução do problema da ciência depende de um renascimento da religião, entendida não como mera instituição social, não como aglomeração política inconsciente de “fiéis” ou “crentes”, e não como conjunto de doutrinas teóricas, mas como verdadeira religação do homem à dimensão do espírito, que é a dimensão do mistério, a única capaz de levá-lo ao reconhecimento de sua natural responsabilidade para com o bem-estar de seus semelhantes. Só assim será possível fazer nascer a nova ciência, a verdadeira, a que poderá resgatar o sentido de uma investigação sistemática dos fenômenos naturais de forma, enfim, consciente.

Religião e Ciência – Einstein

A consciência holística é a percepção de que cada pensamento de cada pessoa afeta todas as dimensões da vida.

As recentes experiencias de William Tiller com radiônica tem demonstrado o quanto nossos pensamentos são poderosos.

Até os elementos do mundo mineral – considerados como sem vida – tem uma vibração vital. A experiência de Bose com o crescógrafo aplicando clorofórmio em um metal nos demonstra isto. As influencias do minerais na vida humana é demonstrada pela Cristaloterapia.

Ervin Laszlo nos demonstra que entidades podem se comunicar com nossa dimensão humana através de equipamentos eletrônicos, provando sua existência. Mas isto já vem sendo também demonstrado por diversas tradições religiosas e espirituais.

Contudo é importante ressaltar a diferença entre religião e espiritualidade. Usando a analogia de uma garrafa, a religião é a garrafa e a espiritualidade o conteúdo da garrafa.

Muitos disputam a garrafa, mas o conteúdo da garrafa é o que realmente importa.

E se imaginarmos que o conteúdo da garrafa é um gás, ele pode se expandir muito se a garrafa for aberta.

Estamos acostumados a pensar nos 4 elementos que constituem a matéria – fogo, ar, terra e água – mas existe a quinta essência que é sutil e volátil – o éter.

O éter, é a energia vital, presente em tudo o que existe mas também na energia dos nossos pensamentos, no ar que respiramos.

A respiração, constituída de dois movimentos básicos – inspiração e expiração – se relaciona com a pulsação da vida neste planeta marcada também por dois movimentos básicos – expansão e contração. E isto cria um ciclo básico, e portanto uma freqüência básica que atinge tudo e todos.

Quando aprendemos a comandar nossa respiração, aprendemos a entrar em ressonância com esta frequência básica.

Através da respiração podemos energizar cada um de nossos chakras e com isto nos reequilibrarmos. E ao nos mantermos conectados com a espiritualidade, com o Sagrado, todos os nossos pensamentos e atos, serão orientados no sentido do bem comum.

Atingir a Sabedoria Plena é uma utopia, mas persegui-la é a chave da excelência. E esta é uma utopia realizável. Quando nos dedicamos com vontade e entusiasmo a qualquer coisa sentimos o poder divino dentro de nós. Esta é a chave da fé.

As religiões nos levam a crer que a fé vem do exterior. Mas a consciência holística, do nosso lado espiritual , do Sagrado, do Divino, traz para dentro de cada um a energia vital, o poder necessário para que possamos levar adiante o que quer que imaginemos.

Sathya Sai Baba ensinou: “É bom nascer em uma religião, mas não é bom morrer em uma. Cresçam e resgatem-se a si mesmos do limite dos regulamentos, das doutrinas que os limitam em sua liberdade de pensamento, das cerimônias e ritos que os restringem e direcionam. Alcancem o ponto em que igrejas não importam, em que todas as estradas terminam onde todas as estradas começam.

Alcancem o ponto em que igrejas não importam, em que todas as estradas terminam onde todas as estradas começam. – isto lembra os ensinamentos do Taro na carta “O Mundo” onde temos a Serpente Oroborus que representa o ciclo da vida.

Espiritualidade é erguer-se acima das religiões. É compreender e então experimentar que o Criador e sua criação são UM.

O crescimento espiritual pode ser alcançado se vivermos nossa vida cotidiana de acordo com os Valores Humanos. O crescimento espiritual culmina na experiência de nossa realidade. Essa experiência universal foi descrita por santos e profetas de todas as fés.

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